26 de agosto de 2010

Venho partilhar com todos vocês uma escritora que descobri á bem pouco tempo. Encontrei um livro dela aqui por casa, na verdade é uma espécie de diário. Vou postar alguns pedacinhos de textos goste em particular.

“É mórbido o que fazes comigo. Vens visitar-me quando queres, dia sim, dia não, dia não, dia não… Dizes que tens andado ocupado, falta-te tempo. Eu tento compreender, mas já não consigo, faz 5 meses que estou aqui, presa a uma cama de lençóis incomensuravelmente brancos. Não tenho visitas, nenhuma, a não ser quando tu vens, quando te lembras! O marido da senhora do quarto ao lado vem vê-la todos os dias, traz-lhe flores, bombons e diz-lhe coisas lindas. Ontem na visita das 20:15h disse-lhe: “Querida Florbela hoje senti a tua falta quando acordei, tu enches a casa de alegria e os meus dias de carinho, melhora depressa está bem?” será que ele não sabe que ela está em coma? Não o vai ouvir. Ao contrario dele, tu chegas apressado, perguntas como estou e sais com mais pressa sem ouvir a resposta. Eu só queria que tu gostasses de mim, afinal eu posso estar a morrer.”


                                                   Fica um sorriso da querida Irís Tomazini.