29 de julho de 2011




Desvario II

Hoje sentei-me mesmo ao teu lado, no nosso banco de jardim. Tu caminhas-te em passos largos, apressado. Sentaste-te e o teu olhar ficou vazio, vazio o suficiente para eu poder ver fios de néon aleatórios que quebravam os teus pensamentos fugazes. Sentei-me ao teu lado, em silêncio. Aproximei-me de ti e encostei-me devagarinho no teu ombro que sempre foi o pilar mais forte da minha vida. Estava frio, eram 5 da manhã e os primeiros raios de sol começavam a aparecer de mansinho, lá ao longe. Pus a mão em cima do teu joelho e desejei que estivesses a pensar em mim. As minhas pálpebras pesadas caíram e eu fechei os olhos de forma serena mas angustiada…