7 de julho de 2011




Ele sempre esteve comigo, em todos os momentos, em qualquer altura.
Está bem, está bem, muitas vezes não esteve, mas também ele não teve culpa.
Porém, sempre me apoiou em todas as incertezas, problemas e adversidades.
Pronto, houve muitas vezes que me deitou ainda mais abaixo, mas ele não teve culpa.
Afinal ele sempre gostou de mim e esteve a meu lado.
Ás vezes traía-me, só ás vezes, mas ele não tinha culpa.
De qualquer maneira, sempre me fez festinhas no cabelo para eu adormecer.
É certo que ás vezes se irritava e me magoava, apertava os meus pulsos com muita força até abrir de novo as cicatrizes, mas ele não tinha culpa.
Sempre me tratou com carinho, com palavras doces e delicadas.
Só houve uma vez que falou alto, levantou a voz e gritou sem fim, na verdade isso era todos os dias, mas ele não tinha culpa.
Eu sempre pude escolher, o que achava melhor.
Aliás, eu sempre pude escolher entre as opções que ele dava, a liberdade era escassa, mas ele não tinha culpa.


Tenho a certeza que tudo o que aconteceu foi de uma maneira ou de outra para me proteger, porque era melhor assim… Não te julgo, não me desiludiste, deste o teu melhor e mesmo assim eu não te fiz gostar de mim o suficiente.

- Tu não tens culpa de eu gostar mais de ti do que tu de mim.
- Cala a boca, sabes que te amo.
- O que é que entendes por amor?
- Não faças tantas perguntas.
- Desculpa.


 
Em traços largos esta é a minha história
que jamais perco diante da memória.