5 de julho de 2009

Hoje é mais um dia. Tenho pena, medo talvez de perder as pessoas que me são especiais! Dantes trazia os amigos no bolso, enchia as algibeiras de momentos e sorrisos. Com o passar do tempo, os amigos, as alegrias e tanto mais foi-se acumulando, e os meus bolsos ficaram a transbordar de coisas boas. Foi então que decidi guardar tudo no coração. Trago a felicidade no coração e isso é tão bom! Hoje recebi a triste noticia que um grande amigo vai mudar de cidade, “longe da vista perto do coração”. Dizia muitas vezes que os amigos não se separaram, apenas seguem caminhos diferentes. Mas agora isto custa tanto. Dói cá dentro. Quando recebi a anunciada despedida, as lágrimas caíram e por muito que me quisesse conter não fui capaz. Chorava, e o coração descoordenado persistia em bater cada vez mais depressa. De que serve viver na iminência da perda? Sinto-me vazia, na realidade os dias continuam a ser iguais, as pessoas permanecem com as mesmas palavras, tudo está igual. Mas e eu? Será que somos nós que mudamos ou o mundo á nossa volta? Olho-me e não vejo nada, os sorrisos não fluem, as gargalhadas não germinam. De que vale percorrer o rio se ele nasce sempre de uma nascente? As despedidas, custam. Preferia que me dissesses apenas um “até já” em vez de um penoso “Adeus”. Até um dia felicidade, até depois.