Sentei-me á janela e esperei que o tempo passa-se, olhava e perguntava-me a que horas os candeeiros da rua se iriam apagar. Na verdade os primeiros raios de sol começavam a mostrar-se, o céu ia mudando de cor. No horizonte o azul escuro mudava calmamente para um alaranjado emergindo roxo pálido. As metamorfoses eram cada vez mais fugazes. Continuava a falar contigo por mensagens e cada palavra me surpreendia, as horas iam passando e as luzes teimavam em ficar acesas.
O dia amanhecia lentamente, a luz entrou pelo meu quarto dentro, o sol veio e desejou-me ‘bom dia’. Os passarinhos cantavam á beira da minha janela entreaberta. Desconhecia estes pequenos milagres numa cidade, o sol a comemorar o romper do dia, a melodia deliciosamente encantadora, a brisa de Verão. Afinal numa selva de betão ainda há uma réstia de magia.
Começou por ser noite, transformou-se em pedaços de céu e estrelas. A madrugada soava a musica, o amanhecer preenchia-me, oferecia-me asas, voei. A historia acaba em dia, em felicidade constante. Obrigado pelo sorriso, Hugo. (L'
dantes eu pensava assim:
"Da próxima vez que acordar às 5.37h da manhã, com os tacões da minha vizinha de cima a subir as escadas, irei saber com certeza que a minha manhã será tudo menos pacífica. Vou ter de me benzer três vezes antes de pensar sequer pôr os pés na rua. Mas repito: acordar, sem pré-aviso, às 5.37h da manhã de uma quarta-feira, com o riso estridente de uma vizinha histérica é traumatizante. "
Agora dou valor á lenda da 'Aurora Boreal':
"diz a lenda que quem um dia a vir, será feliz para sempre.
ora, eu tenho a ligeira impressão de que a vou vendo quase todos os dias..."
ora, eu tenho a ligeira impressão de que a vou vendo quase todos os dias..."