“- Sabes que gosto de ti, não sabes?
- O amor não é uma resposta e tu sabes disso melhor que eu.
- Mas, amo-te!
- (…)”
Vou procurar-te em mim, vou encher o céu de estrelas e dizer que te amo. Porque na verdade é isso que sinto. Desculpa-me se voltei a acreditar. Não digas a ninguém, é segredo. Perdoa-me por me ter perdido entre poemas – sempre à procura do teu cheiro. Por não saber dizer ‘não’ á grandeza do sorriso que me roubaste. Tu não sabes. Shiuuuu. Guardo as tuas mãos nos meus ombros – e deixa que também eu te abrace sem medo de cair. Não adivinho esse olhar dourado preso a mim. Quase a revelar segredos. Sou feita de improvisos – medos que escondo atrás do espelho. Estou cansada de dançar sozinha. De procurar o meu vazio nos braços dos outros. Em ti, encontrei vida: a claridade de um momento feliz. E agora escrevo. Desculpa-me por escrever desejos e cobardias que não sei calar. E já nada te afasta, as palavras abrem-se como caminhos na minha pele, e a tua voz flutua lentamente na memória. Até cair em vertigem nos meus sonhos mais luminosos. Preciso arder contigo, quero o teu rosto junto ao meu, outra vez. Numa dança qualquer. Deixa-me afogar na doçura deste erro. E desculpa se te levo comigo.
Volta, vem-me abraçar.