28 de março de 2011




- Psst, psst
(não olhei)
- Catarina?
(voltei atrás) – Ah, olá.
- Como estás?
- Com saudades.
- Sem ser isso.
- Bem. Ainda não deixas-te de fumar erva?
- Não vês que não?
- Mais algum vicio para acrescentar aos do costume?
- Hm… erva, muito álcool, pó, bons charutos, prostitutas de luxo…
- Maravilhoso! Pensas em mim quando estás com elas?
- És a minha menina, sabes bem.
- Não brinques comigo!
- Eu estou a tentar viver ao máximo.
- Eu estou a tentar sobreviver a esta dor.




Agora é de noite e sinto o bater do coração. Hoje tive tempo para sentir o bater do coração. A respiração continua compassada. Estou a pensar em ti, nesta conversa que ainda me corrói. As pálpebras fecham-se numa esperança de sossego. Maldito sejas!