23 de junho de 2011



Há musicas que nos calam completamente. É por entre a noite e a madrugada que penso em ti, penso no que poderíamos ser. A melodia harmoniosa que continua a tocar faz do mundo um espaço vazio. Eu, escrevo, escrevo linhas vãs à espera de um dia que teima em nunca mais chegar. Vejo-me assim, sentada numa cadeira mais ou menos estável, ansiando de forma assustadora pelo amanha. Podes nem ter mandado a habitual mensagem de boa noite, como sempre fazias, mas faz de conta que mandas-te, faz de conta que li, faz de conta que estou feliz… faz de conta que gostas de mim. E mais uma vez o meu discurso ficou desorganizado, a luz que podia ser nossa não passa de uma noite escura. Podia pedir-te para ficares comigo, mas não o vou fazer. A musica acabou. E agora o que mais desejo é que a dor pudesse acabar com a musica, talvez ao mesmo tempo, o importante era acabar. O amor é uma montanha que se soube devagar, infelizmente quase nunca se desce completamente.
Sem ti, (não) estou feliz.

Se tu soubesses tudo o que eu não te sei dizer, 
tu ias saber, 
ias perceber, 
isto deixou de ser amor e passou a ser sofrer.



                                                                                                                               P.S.- saudades das festinhas na cara.