- Que fizeste?
- Nada.
- Não acredito.
- Cala-te, tu não sabes nada!
- Conta-me.
- Ou confias em mim, ou não, ponto.
- Para confiar em ti tenho de saber a verdade.
- A verdade às vezes dói.
- Conta-me!
- Não fiz nada. Essa é toda a verdade.
- Não acredito.
- Ora lá está, temos um problema de confiança.
- Como? Toma juízo, tens feridas nas mãos, estás a fumar cigarro atrás de cigarro, estás nervoso…
- Não fiz nada.
- Eu vou ficar contigo, do teu lado. Agora conta-me, o que fizeste?
- Nada.
- Afinal és tu que não confias em mim.
- Toma juízo.
- O que fizeste?
- NADA! Nada de bom.
- O que foi?
- Eu… (silêncio, muito silêncio)
- Sim? Conta-me!
- Eu, matei.
A verdade às vezes dói,
mas se nós prometemos ficar ao lado de alguém
é aí o nosso lugar.