7 de maio de 2012





"Agora, sinto que cometi um erro. Aliás, não exactamente. Sabem aqueles erros que vocês querem fazer, e é melhor que assim seja para que tudo acabe bem? Ate acho que isso não se chama de erros… mas para mim, isto foi um! É possível que este meu jeito de enaltecer os sentimentos e romancear as historias torne todas estas linhas bonitas e agradáveis de ler. Mas se eu pudesse fazer o leitor sentir o que estou a sentir só por palavras, certamente não escreveria nada! É doloroso, horrível! Podia ser tudo diferente, não é? Mas a vida é assim mesmo, pelo menos é o que dizem. Eu, perdi um tesouro que não possui. Na verdade, cheguei a tê-lo, ainda que não tivesse a certeza se era um tesouro de verdade. Essa coisa de ter uma riqueza nas mãos assusta muita gente, e a mim é demais evidente que assustou, e não foi pouco! Então, bem à semelhança dos despromovidos de bom senso e coragem, desfiz-me do que tinha. Não pensei duas vezes, eu por e simplesmente não pensei. Era isso que queria – atirar para a rua o meu pequeno segredo precioso. Quis e fiz, sem hesitações ou remorsos… Agora, ah agora, eu devia estar feliz e rir a bandeiras despregadas, mas muito pelo contrário – nasceu em mim um monstro que usa a força como manobra subversiva para eliminar o que pretende. É triste, e francamente triste usurpar os nossos próprios sonhos. 

- Eu era mãe, estava triste e matei o meu filho.
Agora não sou nada, estou triste e não tenho o meu filho."

Suzanne D.