Aquela dor no peito, aquela dor forte que dá no peito. Não sei
se são saudades. Provavelmente não! Há muito tempo que me acostumei há tua ausência.
Quase já nem me lembro de como eram os teus olhos. Não sei qual era a tua cor
preferida, nem o cheiro do teu cabelo. Eu esqueci-me de ti. Essa é toda a
verdade. O tempo passou, e como dizem – o tempo tudo cura. Já não choro á noite
por ti. Eu já nem vou ao cemitério. Nunca mais li o livros dos contos que tanto
gostavas. Jamais voltarei a fazer bombons de caramelo com a mãe. Olha,
sinceramente, acabou todo o amor que tinha por ti.
- Isto é tudo mentira, querida I. E desculpa se te minto,
se me engano a mim própria, é que eu
não consigo
ter mais esta dor no coração.