Uma carta aos 22
Continuo sem acreditar em aniversários, afinal nunca
nascemos, nem nunca havemos de morrer… existimos, existimos por muitas vidas, e
outras tantas que ainda estão por vir.
Mas é aos 22 que considero todas as noções redutoras que
tinha até então. Dou por mim a questionar, sobre tudo, ou quase…
Considero sobretudo que é aos 22 que ‘tu dás por ti a pensar’.
Vai daí que percebo que vida ‘afinal não é só isto’.
Nesta existência coincidente com todos vós, aprendi, fui
aprendendo, e ainda estou a aprender – como boa aprendiz que sou.
Fui-me rodeando de Mestres, e ao longo do caminho, aprendi
essencialmente isso – a escutar, a beber de toda essa Sabedoria. E neste
momento, aos 22, sinto-me grata.
SINTO-ME ACIMA DE TUDO GRATA.
Compreendo que somos uma teia multifocal, e que no decorrer
desta Festa vamos partilhando misteriosamente ligações mágicas. Afinal o
Principio da Co-Responsabilidade Inevitável molda-nos constantemente a este (des)equilíbrio
Cósmico.
Sou quem sou, graças a cada um de vocês. Cada partilha foi
importante, essencial até, diria eu.
Sabe quando se sente assim, meio perdida na confusão de ser
feliz?
Muito Grata